Objetivos do sistema de detecção e alarme de incêndio
- Proteger o patrimônio
- Proteger o meio ambiente
- Proteger pessoas
Entendendo o fogo
Inicialmente foi criada a teoria conhecida como Triângulo do Fogo que explicava os meios de extinção do fogo pela retirada do combustível, do comburente ou do calor. Assim, a interpretação desta figura geométrica plana é: os três elementos que compõem cada lado do triângulo - combustível, comburente (oxigênio) e calor - devem coexistir ligados para que o fogo se mantenha.
Com os 4 elementos vistos acima - combustível, comburente, calor, reação em cadeia - a combustão ou queima é iniciada. Onde são gerados 3 produtos, que são utilizados nos sistemas de detecção de incêndio:
Calor (sensor de temperatura)
Fumaça (sensor de fumaça)
Chama (sensor de chama)
Definição de Incêndio
Brasil NBR 13860: O Incêndio é o fogo fora de controle
Internacional ISO 8421-1: Incêndio é a combustão rápida disseminando-se de forma descontrolada no tempo e no espaço
Essas conceituações deixam claro que o incêndio não é medido pelo tamanho do fogo. No Brasil quando o estrago causado pelo fogo é pequeno, diz se que houve um princípio de incêndio e não um incêndio.
Como que o incêndio ocorre?
Não existem dois incêndios iguais, pois são vários os fatores que concorrem para seu início e desenvolvimento, podendo-se citar:
forma geométrica e dimensões da sala ou local.
superfície específica dos materiais combustíveis envolvidos.
distribuição dos materiais combustíveis no local.
quantidade de material combustível incorporado ou temporário.
características de queima dos materiais envolvidos.
local do início do incêndio no ambiente.
condições climáticas (temperatura e umidade relativa).
aberturas de ventilação do ambiente.
aberturas entre ambientes para a propagação do incêndio.
projeto arquitetônico do ambiente e ou edifício.
medidas de prevenção de incêndio existentes.
medidas de proteção contra incêndio instaladas.
O incêndio inicia-se, na sua maioria, bem pequeno. O crescimento dependerá do primeiro item ignizado, das características do comportamento ao fogo dos materiais na proximidade do item ignizado e sua distribuição no ambiente. A figura abaixo ilustra a evolução do incêndio celulósico na edificação.
A primeira fase é o incêndio incipiente tendo-se um crescimento lento, em geral de duração entre cinco a vinte minutos até a ignição, em que inicia a segunda fase caracterizada pelas chamas que começam a crescer aquecendo o ambiente. O sistema de detecção deve operar na primeira fase e o combate a incêndio e consequente extinção tem grande probabilidade de sucesso. Quando a temperatura do ambiente atinge em torno de 600°C, todo o ambiente é tomado por gases e vapores combustíveis desenvolvidos na pirólise dos combustíveis sólidos. Havendo líquidos combustíveis, eles irão contribuir com seus vapores, ocorrerá a inflamação generalizada (flashover) e o ambiente será tomado por grandes labaredas. Caso o incêndio seja combatido antes dessa fase (por exemplo, por chuveiros automáticos) haverá grande probabilidade de sucesso na sua extinção. A terceira fase é caracterizada pela diminuição gradual da temperatura do ambiente e das chamas, isso ocorre por exaurir o material combustível.
Tempo de ação
A primeira fase: "pré-ignição", é um período de tempo curto, mas também fundamental para que todas as tratativas de combate de incêndio consigam sucesso, sendo neste momento que os sistemas de detecção devem atuar. Conforme podemos na imagem abaixo
Como vimos acima quanto mais cedo for a detecção para assim realizar o combate, maior a probabilidade de sucesso na extinção e também menos danos físicos e patrimoniais acontecem. Portanto é de extrema importância utilizar equipamentos de alto desempenho para detecção e alarme de incêndio, como temos na linha de produtos Intelbras.
Funcionamento do sistema de detecção e alarme de incêndio (SDAI)
Composição básica SDAI
Central de detecção e alarme de incêndio
Equipamento destinado a processar os sinais provenientes dos circuitos de detecção e alarme, convertendo-os em indicações (informações) adequadas, bem como a comandar e controlar os demais componentes do sistema (sirenes, sinalização visual, subcentrais, dispositivos de combate etc.).
Detector automático de temperatura pontual
Dispositivo destinado a atuar quando a temperatura ambiente ou o gradiente da temperatura ultrapassa um valor predeterminado na área (local) de sua instalação.
Detector automático de fumaça pontual
Dispositivo destinado a atuar quando ocorre presença de partículas e/ou gases, visíveis ou não, e de produtos de combustão, na área (local) de sua instalação.
Acionador manual
Dispositivo destinado a transmitir a informação de um princípio de incêndio, quando acionado manualmente por um usuário da edificação.
Avisador/Indicador sonoro e visual de alerta
Dispositivo que emite sinais de alerta audíveis e visuais, combinados.
Modulo de isolação
O isolador protege o laço na ocorrência de um curto-circuito desligando a seção do laço onde este ocorreu, garantindo o funcionamento normal na continuidade do loop.
Tipos de sistemas
Sistema de Detecção e Alarme de Incêndio Convencional
O sistema convencional é uma solução que permite monitorar a área delimitada por zonas ou setores. Em geral, ele é composto por uma central, detectores e/ou acionadores, cada um cobrindo uma determinada zona.
Assim, quando um detector disparar, a central informará qual é a zona em que houve o disparo, mas não possibilitará a identificação do ponto exato em que ocorreu o sinistro. Desta forma, uma zona ou setor não deve abranger grandes áreas para não dificultar a localização do ponto em alarme.
Esse tipo de topologia convencional é adequada para ambientes com poucos dispositivos ou áreas menores. Outra limitação do sistema convencional é a impossibilidade de detecção de falhas (defeitos) nos dispositivos (detectores e acionadores), desta forma a manutenção periódica é essencial para o correto funcionamento do sistema.
Sistema de Detecção e Alarme de Incêndio Endereçável
Neste tipo de sistema, cada dispositivo, seja um detector e/ou acionador que está conectado à uma central, recebe um número chamado de “endereço”, por isso o nome “endereçável”. Por meio desta tecnologia no momento em que ocorrer um sinistro, será possível identificar na central o tipo de detector e sua localização exata.
Além disso, através da conexão entre os dispositivos e a central, dependendo do tipo de protocolo de comunicação utilizado, a central consegue “conversar” com cada dispositivo individualmente de forma rápida, mantendo um controle dos que estão ativos, indicando o alarme e/ou falhas. Este sistema é indicado para zonas que abrangem grandes áreas, por facilitar a identifi cação do dispositivo que estiver alertando o sinistro.
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